domingo, 7 de novembro de 2021

Destinados para amar #Capítulo32

Chay: Olá?

Max: Roobertchay?

Chay: Sim, sou eu. Quem é você?

Max: Max Maroni, marido de Victória.

Rapidamente levantei e nos olhamos

Respirei fundo e ele se aproximou

Chay: Então é por você, que eu fui trocado?

Max: Muito melhor, não acha?

Dei uma pequena risada irônica e nos olhamos

Chay: O que você quer aqui?

Max: Eu quero a minha mulher.

Chay: Eu não sei se você reparou, mas aqui é um hospital, é o meu local de trabalho e ela não está aqui.

Max: Mas deve estar na sua casa

Chay: Não Max, não está. A Victória está na casa da mãe dela.

Max: Melhor assim. Até porque, não é porque está de volta, que deixará de ser a minha mulher.

Chay: E você acha mesmo que eu faço questão de ser marido da Victória? Ela me procurou.

Max: Ótimo. Porque ela é minha e eu não vou aceitar perde-la para ninguém.

Chay: Faça bom aproveito. Eu não quero nada com ela. O que eu sentia pela Vicky, morreu no dia que eu soube, da palhaçada que ela fez comigo e com nossos filhos, durante todos esses anos.

Max: A culpa não foi só dela. Você não era um bom marido

Chay: E quem você pensa que é, para chegar aqui e querer falar essas coisas para mim? Você pode pegar a Victória e voltar para o seu bordel. Por mim, ela pode sumir de novo, que não fará a menor diferença

Max: Isso tudo é porque está apaixonado pela prostituta é?

Chay: Isso não é da sua conta.

Max: É sim, eu criei aquela prostituta. Eu a mandei para cá. COM MEU DINHEIRO.

Chay: Ah e você quer o que? Que eu pague por ter dormido com sua prostituta?

Max: Eu poderia te cobrar disso sim. Mas irei acertar essa divida diretamente com a Melanie. Até porque, ela me fez um favor, te seduzindo. Nunca pensei que aquela menina, faria tão bem esse trabalho.

Chay: Sai daqui

Max: Sabia que ela era muito boa? Eu já coloquei milhares de meninas nesse mundo, mas a Melanie, realmente, foi um sucesso, nunca vi nada parecido. Todos os homens a desejava. Eles estavam dispostos a pagar milhões por uma noite com ela. Ela poderia ter lucrado muito.

Chay: Cala boca

Max: Ninguém me manda calar a boca. Realmente, ela é muito bonita, uma das mais bonitas que já vi. E ela sabe muito bem usar seu corpo para atrair alguém – disse pegando o porta retrato na mesa

Chay: Eu não te dou direito de falar dela.

Max: E por que? Se a mandou embora da sua casa

Chay: E como você sabe disso?

Max: Desde o dia que conheci a Victória, eu sei de tudo o que acontece na sua vida, na sua casa.

Chay: Você é ridículo. O que veio fazer aqui? O que quer comigo?

Max: Eu vim deixar bem claro que a Victória é minha.

Chay: Eu já disse, faça bom aproveito

Max: Eu vou fazer. E você não pense em entrar no meu caminho. Porque eu te tiro até a Melanie.

Chay: Vai embora daqui agora

Max: Passar bem, Doutorzinho – Disse saindo

Sentei e respirei fundo. Não acredito que até por isso, eu tenho que passar.

Apoiei meus cotovelos na mesa, e cobri meu rosto com as minhas mãos. E chorei, chorei para lavar a alma.

Meu Deus, eu estou vivendo os piores dias da minha vida.

Que inferno é esse?

Que sentimentos são esses que parecem que vão me matar a qualquer momento?

Eu te suplico. Volte no tempo, mude tudo. Eu te imploro meu Deus, me mostre o teu milagre.

Eu quero voltar ao dia do nosso casamento, do dia que eu disse sim a Melanie, e ela disse a mim.

No dia que eu jurei ser o mais feliz de nossas vidas.

Essas dores estão me matando.

Me ajuda.

Deus! Me ajuda!

Eu ainda não consigo acreditar que tudo isso possa estar acontecendo

Eu via amor, eu sentia amor nos olhos dela.

Como eu posso acreditar que fui enganado todo esse tempo?

Que tudo foi em vão.

Eu não estou suportando

Eu não estou cabendo em mim

Eu suplico. Me ajuda Deus?

Me devolve os dias felizes. Os dias que eu tinha tudo o que eu sempre sonhei, uma família.

Mel Narrando

Os dias passam, e eu não consigo fazer nada.

É um misto de culpa e incertezas.

E essa culpa tem me matado, mas a incerteza, de que um dia eu terei o perdão dele, são piores.

Sabe, quando você só está tentando recomeçar? Eu estava assim, quando cheguei no Rio de Janeiro. A minha vida na Espanha tinha sido uma loucura e quando cheguei aqui, eu estava com meu coração mais tranquilo, e só pensando em recomeçar.

Mas ai, quando eu menos esperei, eu entrei naquela casa, e a primeira vez que o vi, e ele foi se aproximando, eu...Eu desejei uma vida toda ao lado daquele homem. Eu quis ele mais do que tudo. Eu perdi a cabeça por ele. MEU coração nunca sentiu isso por ninguém. E a primeira vez que nossos lábios se tocaram, foi como entrar no paraíso. Eu tive a certeza que não queria sair de lá, nunca mais.

As lágrimas escorrem enquanto olho nossas fotos. Nós fomos tão felizes. Eu te amo tanto, Roobertchay.

Eu não suporto a ideia de ter que conviver longe do senhor e das crianças.

Dói, dói tanto...que me tira o sono, a fome, as forças.

Eu...eu estou rezando, todos os dias, todas as horas. Para que Deus, cuide do seu coração. Que ele nos una novamente.

Porque, eu...não posso...não aceito, viver longe de você, meu amor.

Bateram na porta e eu permiti que entrasse

Vera: Oi minha menina. Eu vim te chamar para jantar lá em casa

Mel: Estou sem fome

Vera: Você precisa se alimentar

Mel: Dona Vera...será que um dia ele vai me perdoar?

Vera: Oh meu amor, só o tempo pode dizer isso

Mel: Eu não quero esperar...Dona Vera, eu não surtaria esperar – disse chorando

Vera: Melanie, o tempo de Deus é totalmente diferente do nosso. E ele vai saber confortar o seu coração

Mel: Ele pediu para eu ir me despedir das crianças. Eu...como vou viver sem aqueles danadinhos?

Vera: Calma, por favor, não se desespere

Mel: Eu amo tanto, eles...Por que, isso tinha que acontecer?

Vera: Vem, vamos jantar

Descemos abraçadas e Matheus e Lua estavam se servindo

Matheus: Que bom que veio

Mel: Valeu

Lua: Fiz brigadeiro

Mel: Você é maravilhosa

Matheus: Você precisa tentar reagir. Por mais difícil que seja

Mel: Se fosse com você, você me perdoaria?

Matheus: Melanie, eu entendo o seu lado, todas as dificuldades que passou, até aceitar vir trabalhar aqui. Mas tenta entender o lado dele também. É muita coisa...E juntando tudo, é devastador

Mel: A minha dor também é devastadora, Matheus. O que eu vou fazer da minha vida?

Lua: Você precisa se acalmar, Mel

Jantamos e logo subi para casa

Chay Narrando

Cheguei em casa e Vicky estava no quarto com as crianças, fiquei observando de longe

Léo: Eu não gosto dessa história

Vicky: Mas é a única que eu sei. O que acham de eu ler um livro?

Bella: Eu já sei todas as histórias dos livros

Léo: Você pode ligar para a Mel? Ela sabe contar histórias muitos legais

Vicky: Meu anjo, a Mel não trabalha mais para nossa família

Bella: E eu e o Léo podemos ser os personagens das histórias que ela conta.

Respirei fundo e entrei no quarto

Chay: Oi meus bebês, o papai chegou

Eles pularam da cama e vieram ao meu abraço.

Eles me abraçaram tão forte, com tanto amor, saudade e alivio. Eles pareciam estar tão incomodados, desconfortáveis com a mãe deles ali.

Parecia que estavam contando os minutos para me ver.

Bella: Ai papai ainda bem

Léo: Eu estava com saudades

Chay: Eu também meus amores

Vicky: Quem sabe o papai não conta uma história melhor do que eu?

Chay: É...Vicky, você pode ir descendo? Eu irei coloca-los para dormir e já desço

Vicky: Tudo bem. Boa noite lindinhos da mamãe – disse se aproximando e dando um beijo em cada e descendo

Chay: Como vocês estão? – disse os pegando no colo e sentando na cama

Bella: Vamos ficar todos os dias com ela papai?

Chay: Eu ainda não sei meu amor

Léo: Eu prefiro ficar até a noite na escola.

Chay: E por que meu amor?

Léo: Papai, cadê a Mel?

Chay: O papai á explicou meu amor.

Bella: Eu estou com saudades dela, papai

Chay: Vai ficar tudo bem, o papai promete, tá bom?

Fiquei deitado com eles, até que pegassem no sono, depois os ajeitei, dei um beijo em casa, apaguei as luzes e desci

Vicky: E ai, dormiram?

Chay: Sim

Vicky: Ainda bem que você chegou, eu já não sabia mais o que fazer.

Chay: Você nunca soube né?

Vicky: Eles ainda estão bem ligados a Melanie né?

Chay: Ela cuidava muito bem deles.

Vicky: E você acha que um dia eles vão gostar de mim, igual gostam dela?

Chay: Eles precisam de um tempo, Victória.

Vicky: Eu quero tanto ter nossa família de volta

Chay: Sabe quem me procurou hoje?

Vicky: Melanie?

Chay: Max

Vicky: Como assim?

Chay: Pois é.

Vicky: Então ele está no Brasil?

Chay:Ele veio buscar a mulher dele

Vicky: Eu não serei mais mulher dele, Chay

Chay: Isso não me importa nem um pouco. Aliás, nada que venha de você me importa. A única coisa que quero, é tentar colocar a minha vida em ordem. E ah, antes que eu me esqueça. Eu espero sinceramente que você não machuque os meus filhos, novamente.

Vicky: Tudo o que eu quero, é ter a nossa família de volta. Eu já disse.

Chay: Boom, você precisa ir. Talvez o seu marido esteja te esperando.

Vicky: Meu marido é você

Chay: Vicky, vai embora, por favor?

Vicky: Ok

Ela foi embora e eu fui tomar um banho, quando sai, desci, peguei uma taça de vinho e fiquei na porta do quarto das crianças, os observando.

Meu Deus, nós estávamos tão felizes.

E agora, essa casa parece tão vazia.

Estamos tão perdidos.

Porque ela, apesar de nova, coloca tudo em ordem. Cuidava da gente, com tanto amor. Com tanto carinho. Ela nos fazia tão bem.

Peguei meu celular e mandei mensagem

        Chay: Olá, se puder, venha se despedir das crianças amanhã, assim que eles chegarem da escola.

        Mel: Ok

Respirei fundo e fui para o meu quarto

Mel Narrando

O dia amanheceu e lá estava eu, olhando o céu, tentando pedir paciência para Deus.

Conversando com ele, tentando aceitar tudo.

Mas ao mesmo tempo, eu me nego. Me nego a pensar que o perdi. Que perdi aquelas crianças, que parecem saíram de mim. Porque eu os amo tanto. Tanto. Tanto.

De manhã, Dona Vera veio me chamar para tomar café da manhã, descemos, tomamos café e depois voltei, arrumei a casa, tomei um banho e fui para casa dele.

Cheguei por volta de 13:10, toquei a campainha e ele abriu.

Meu coração acelerou imediatamente.

Chay: Olá, entra

Mel: Olá, Doutor

Chay: Entra, eles ainda não chegaram

Mel: Imaginei

Entramos e ficamos nos olhamos

Chay: Aceita uma água, café?

Mel: Não, obrigada

Ficamos nos olhando em silêncio

Até que decidi quebra-lo.

Mel: Eu, posso perguntar uma coisa?

Chay: O que seria?

Mel: O senhor, tem certeza, do que está fazendo?

Chay: E porque não teria?

Mel: Então, o senhor realmente me quer longe, da sua família?

Chay: Melanie, você mentiu. Você me enganou

Mel: Mas eu te amei, amei desde o primeiro momento. Amei os seus filhos, como se fossem meus. E vou amar, até o último segundo da minha vida.

Chay: Eu queria tanto, conseguir acreditar nisso.

Mel: O senhor me odeia né?

Chay: Melanie e...eu...não quero falar sobre isso

Mel: Tudo bem

Chay: E ah, a Doutora Irene está verificando a questão do casamento

Mel: Você está torcendo para que não seja válido né?

Chay: Melanie, eu...nem sei o que é pior- fomos interrompidos pela campainha.

Chay: São eles.

Ele foi busca-los e eu fiquei na sala, logo entraram

Chay: O papai tem uma surpresa para vocês

Léo: E o que é?

Chay: Olha só quem está ali

Assim que eles me viram, correram para os meus braços, e foi impossível não chorar

Bella//Léo: Meeeeeeeeeeeeeeeel

Mel: Oi meus amores – disse enchendo eles de beijos

Léo: Mel que saudades

Bella: Porque você vai embora?

Léo: A gente precisa de você

Bella: Só você sabe cuidar da gente

Mel: Meus amores, eu...eu...- parei, respirei fundo e olhei para o Doutor.

Léo: Mel fica, por favor. Eu não quero que a Vicky cuide da gente.

Mel: Ela é a mamãe de vocês – disse chorando

Bella: Mel, você prometeu que iria cuidar da gente pra sempre

Léo: Por que você não estuda na nossa escola? Assim você não precisa ir morar longe

Mel: Eu...eu prometo, que eu sempre, sempre, vou amar vocês, meus amores

Léo: Mel, por favor, fica. Fica com a gente? Papai, pede para a Mel ficar

Bella: Papai, não deixa a Mel ir, por favor. A gente promete ser os pestinhas mais bonzinhos do mundo

Mel: Crianças,  cuidar de vocês, foi a melhor coisa do mundo. E eu vou lembrar de vocês todos os dias. Eu vou amar vocês todos os dias, e eu prometo, que nunca, vou esquece-los.  Vocês são meus danadinhos né?

Léo: Mel cuida da gente, por favor? – disse chorando

Mel: Eu tenho que ir, infelizmente. Mas eu tenho certeza que a mamãe e o papai de vocês, vão cuidar direitinho

Bella: Não Mel, só você sabe cuidar da gente.

Mel: Minha lindinha, eu prometo, que vai ficar tudo bem.

Léo: Não vai não, por favor. Papai fala alguma coisa

Chay: Filho...A Mel vai estudar, o papai já disse

Léo: Mas eu não quero papai. Mel fica, fica com a gente, por favor?

Mel: Era tudo o que eu mais queria, meu menininho – disse abraçando Léo

Bella: A gente não pode ir com você?

Mel: Não – disse chorando

Mel: Mas olha, eu comprei um presente para vocês – disse pegando no bolso

Bella: O que é isso?

Mel: É uma pulseirinha, sempre que vocês quiserem lembrar de mim, podem usar. – disse colocando no bracinho de cada um.

Léo: E você vai usar também?

Mel: Claro que sim, olha a minha, tem dois pingentes, com uma menininha, e um menininho. Que são vocês, meus bebês, danadinhos

Léo: Eu prometo que nunca vou tirar

Bella: Eu também, nem pra tomar banho

Mel: Eu amo tanto vocês

Léo: Fica por favor? Não deixa a gente não – e ele me pedia aquilo, chorando, e eu chorava mais.

Bella me abraçou e me encheu de beijos

Mel: Vocês são os danadinhos mais lindos do mundo. E eu amo vocês pra sempre ta?

Bella: Eu vou sentir sua falta, Mel

Mel: Eu também, de tudo. De tudo o que vivemos juntos. De todo o amor que vocês me deram.

Léo: Você vai voltar né? Promete que vai

Mel: É tudo o que eu mais quero

Chay: Acho que a Mel precisa ir, crianças.

Eu e o Doutor nos olhamos. E as crianças pularam no meu colo.

Mel: Eu amo vocês, meus bebês. Amo tanto. Por favor, cuidem um do outro ta?  - Disse saindo do abraço e me levantando.

Cada um grudou em uma perna minha.

Bella: Não Mel, não vai. A gente precisa de você –disse chorando

Léo: Papai faz alguma coisa, não deixa a Mel ir – disse chorando

Mel: Meus amores, não façam isso comigo – disse chorando

Léo: Pai – disse entre soluços

Bella: Mel a gente te ama, fica coma  gente, por favor

Chay: Meus amores, vem, vem cá – disse tentando se aproximar e eles seguravam em mim com mais força

Mel: Não meus amores, não façam isso. Eu imploro.

Léo: Mel desiste de estudar por favor. A gente te ajuda a estudar em casa

Chay: Vem cá vem meu amor – disse pegando Léo, e depois Bella

Mel: Eu amo vocês para sempre, ta?

Bella: Mel – disse chorando

Chay: Vai ficar tudo bem, filha

Mel: Tchau – disse dando um beijo em casa, e eles choravam tanto.

Naquele momento, eu sabia, que parte de mim estava ficando.

Eu os olhei, e fui embora. O olhar deles, o desespero, o choro, não saiam da minha cabeça.

Cheguei na Vila e fui até o mercadinho, e Dona Vera e Lua estavam lá

Lua: E ai, como foi?

Mel: Agora oficialmente, eu não trabalho mais lá – disse chorando

Vera: E as crianças

Mel: Eles estão sofrendo, suplicaram para que eu ficasse. O que eu vou fazer da minha vida? Sendo que tudo girava em torno deles.

O que vou fazer, se não posso mais cuidar dos meus danadinhos? – disse chorando

Lua: Calma, tudo vai se ajeitar

Mel: Lua, eu amo aquelas crianças, como se fossem minhas.

Vera: Eles também, te amam, Melanie.

Mel: O que eu vou fazer agora? – disse chorando

Lua: Você pode ajudar a mamãe no mercadinho

Mel: Você já faz isso

Lua: É, mas a partir de quarta eu não poderei mais ajudar

Mel: E por que? – disse enxugando as lágrimas

Lua: Porque eu fui aprovada no estágio e vou trabalhar no pet shop ali da rua de cima.

Mel: Sério? Que legal Luinha, parabéns

Lua: E logo serei uma Veterinária

Mel: Que bom, eu fico feliz por você

Lua: E então, o que acha de ajudar a mamãe no mercadinho?

Mel: Melhor do que ficar o dia pensando besteira

Lua: Que bom, vem, vou te explicar as coisas.

Chay Narrando

Eu confesso que tive que ser muito forte e segurar o choro, porque doeu muito ela se despedindo as crianças.

Eles ficaram chorando por algum tempo e depois ficamos assistindo, no final da tarde eles ficaram brincando aqui no chão da sala.

Léo: Papai, acho que a Mel esqueceu a chave dela – disse pegando no chão

Chay: É, esqueceu. Dá aqui meu amor. Depois o papai entrega para ela.

Fiquei olhando seu chaveiro um bom tempo, era um mini porta retrato, com nossa foto de natal, e chave de sua casa, e daqui de casa.

Sorri ao lembrar daquele dia lindo...respirei fundo e fiquei brincando com as crianças.

Mel Narrando

Depois de um tempo subi para casa, e logo desci

Mel: Esqueci minha chave aqui

Lua: Onde?

Mel: Acho que no balcão

Lua: Não tem nada aqui não

Mel: Como não? Eu tenho certeza que deixei aqui – disse procurando

Vera: Será que não perdeu?

Mel: E como vou entrar em casa agora?

Vera: Eu tenho uma cópia, vamos lá buscar.

Busquei e logo subi para casa.

Tomei um banho e fiquei pensando nas crianças.

Bateram na porta e eu permiti que entrassem

Sophia: Olá

Mel: Sophia?

Sophia: Posso entrar?

Mel: Claro, entra, senta

Sophia: Obrigada. Como você está?

Mel: Hoje eu fui me despedir das crianças

Sophia: Eu imagino, como deve ter sido difícil

Mel: Foi...está doendo tanto...Mas, me diga, o que veio fazer aqui?

Sophia: Eu vim conversar com você. De mulher pra mulher.

 

 

 

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