Mel Narrando
E depois de tanto tempo, eu dormi em seus braços novamente, ele acariciava Joãozinho até eu pegar no sono.
Acordei quando o dia amanheceu e ele ainda estava com a mão na barriga. Fui tirando de vagar e me levantei, fiquei observando por alguns poucos minutos e me troquei e fui embora
Chamei um táxi e assim que chegou, fui para a Vila.
Durante o caminho eu só pensava na noite passada
Como eu poderia negar? Se meu corpo, meu coração, imploraram por isso.
E apesar de tanto tempo, eu ainda sou completamente apaixonada por esse homem.
Eu inevitável tentar negar isso dentro de mim, todos os dias. É inevitável dizer que isso não poderia ter acontecido.
Pelo contrário eu queria, eu queria muito, e ainda quero. Meu corpo quis, meu coração, minha alma, tudo em mim.
A conexão dos nossos corpos, o desejo, o suor, o tesão, o toque, ainda estavam presentes em mim.
Ver ele beijando minha barriga, acarinhando o João, me fazia desejar mais ainda, que essa paternidade se confirmasse.
Cheguei na Vila e fui para casa de Dona Vera
Toquei a campainha e ela abriu
Vera: Bom dia minha menina
Mel: Bom dia meu amor
Vera: Vem entra, acabei de fazer o café
Mel: Hum, estou faminta
Lua: Bom dia Melzinha, e bom dia amor da titia
Mel: Ele deu bom dia titia - disse rindo
Lua: Sente, e se serve, o pão tá quentinho
Mel: Aí que delícia, estou faminta
Lua: E o Sr. Kovalski como está ?
Mel: Por enquanto, na mesma. Mas eu vou para o hospital daqui a pouco
Elas rapidamente me olharam
Vera: Você não estava lá?
Mel: Então....eu tenho uma coisa para contar
Lua: Ihh lá vem bomba
Mel: Passei a noite com o Chay e dormimos juntos
Lua: É o que Melanie ? - disse se levantando
Vera: Melanie - disse sorrindo
Mel: Eu e o Chay dormimos juntos
Lua: Meu Deeeeeeeus, meu ChaMel tá vivo
Vera: Você contou para ele sobre o Joãozinho?
Mel: Nao, claro que não. E Lua, o que aconteceu, foi um erro. Eu não poderia ter deixado isso acontecer
Lua: Para Melanie, para de loucura. Se você não quisesse, não teria acontecido. Meu DEEEEUS que lindos
Vera: Vocês se amam Melanie. O pai do seu filho pode ser ele
Mel: E pode não ser, já pensaram nisso? Como irei olhar para ele e dizer que o meu filho é do Jorge?
Lua: Me conta da noiteeee
Mel: Foi isso, eu fui para casa dele, por causa daquela chuva e eu estava apertada, ele me convenceu de passar a noite lá, e de repente, estávamos nos amando novamente
Lua: Aiiii meu coração
Vera: E hoje, vocês conversam?
Mel: Eu sai antes que ele acordasse
Lua: Ah Melanie
Vera: Como você está se sentindo?
Mel: A senhora sabe que eu o amo. Viver tudo isso novamente, foi maravilhoso. Lua está certa, eu negar isso, é loucura. Dona Vera, eu amo esse homem com todo o meu coração, com toda a minha força. Ver ele beijando minha barriga, acariciando João, confortava meu coração, como todo esse tempo não havia acontecido.
Lua: Aii eu tô arrepiada
Chay Narrando
Acordei e senti um vazio na cama, abri os olhos de vagar e fui sentando, ela já não estava mais aqui. Respirei fundo e me joguei na cama e só fiquei lembrando de tudo o que tinha acontecido.
Meu Deus, Melanie, como eu te amo.
Me levantei e fui toma um banho, me arrumei e fui para o hospital, cheguei, tomei café da manhã e fui ver o Sr. Kovalski, ele ainda estava em seu sono profundo, e eu fiquei o observando
Eu confesso que tenho minhas diferenças com ele, mas sinto que ele não é um homem ruim. E jamais desejaria e ele e nem ninguém, isso que ele está passando.
Me aproximei aos poucos dele
Chay: Eu a amo, espero que o senhor entenda. - sussurrei
Depois de um tempo fui para sala de Sophia
Chay: Oi, posso?
Sophia: Oiii meu amor, entra
Chay: Bom dia meu tesouro
Sophia: Bom dia, está bem?
Chay: Sim e você? E meus filhos?
Sophia: Todos bem. Quase perdemos a hora hoje - disse rindo
Chay: Ah bonito viu. Bom saber
Sophia: Eu disse quaseee.
Chay: Não começou a atender ainda?
Sophia: Só daqui 1 hora e você?
Chay: Já fui ver o Sr. Kovalski
Sophia: Ah sim
Chay: Preciso te contar uma coisa
Sophia: Huuum quando você fala assim, é bomba
Chay: Na verdade, é uma coisa boa
Sophia: Aii sério?
Chay: Ontem, eu dei uma carona para Melanie, e acabou que ela foi lá para casa e passamos a noite juntos
Sophia: Oi? Espera, passaram a noite juntos?
Chay; Sim
Sophia: Juntos tipo?
Chay: Do jeito que está pensando mesmo, fizemos amor
Sophia: Chay não brinca
Chay; Não seria louco de brincar com isso. Eu e Melanie transamos
Sophia: Meu Deeeeeeeus
Chay; Sophia, eu ainda estou preso naquele momento. Foi lindo. Ela foi minha de novo. Sophia a gente fez amor.
Sophia: Aiii me conta tudo. Arrepiei. Que coisa mais linda. E ela, o que disse quando acordaram?
Chay: Quando eu acordei, ela já tinha ido embora. Mas Sophia, ela foi minha de novo, ela queria tanto quanto eu. Ela se entregou. E mesmo estacando grávida do Sr. Kovalski, ela se entregou pra mim, ela tinha desejo, ela me levou a loucura.
Sophia: Ela ainda te ama Chay. Isso é nítido.
Chay: Sophia, eu preciso dela de novo.
Sophia: Você sabe que não será fácil
Chay: Mas Sophia, ela sente algo por mim. Ela está esperando um filho de outro cara, e se entregou para mim, ela ainda sente algo por mim. Não é possível
Sophia: E você acha que ela vem visitá-lo hoje?
Chay: Acho que sim
Conversamos mais um tempo e logo fui trabalhar, minha cabeça pouco focava, eu não consiga me concentrar. No início da tarde, fui ver o Sr. Kovalski em seu sono profundo.
Eu o observava, observa, e ficava pensado em tudo o que tinha acontecido, em tudo o que ela me contou
Chay: O Senhor cuidou tanto dela né?
O senhor foi, o que eu não fui capaz de ser...Mas eu a amo, mais do que eu possa explicar. Eu a amo, com todas as forças que há em mim. Espero que o senhor entenda. - Logo voltei para minha sala e fiquei trabalhando
Mel Narrando
No final da tarde fui para o hospital, e a enfermeira me levou até o quarto que o Sr. Kovalski está ficando
Sentei do seu lado, peguei em sua mão e fiquei acariciando
Mel: Acorda - disse chorando
Mel: Joãozinho está para chegar, eu preciso que o senhor esteja comigo. Por favor, seu netinho precisa do senhor - dizia enquanto as lágrimas escorriam
Mel: Sinto sua falta
Fiquei ali um tempão o observando, e acariciando sua mão. Sr. Kovalski se tornou um pai para mim, e eu já não sei mais conviver com sua ausência.
Eu rezo para que ele acorde logo, que ele possa estar comigo quando Joãozinho nascer.
Depois de um tempo, senti que estava sendo observada, olhei para a porta e era ele.
Respirei fundo e ele foi se aproximando
E era impossível não lembrar da noite passada
E todo aquele amor, que eu sinto por ele, parecia que iria explodir no meu peito.
Chay: Oi
Mel: Oi - disse enxugando as lágrimas
Chay: A gente pode conversar?
Mel; Não temos nada para falar
Chay: Melanie, por favor
Mel: O que você quer?
Chay: Vai contar para ele?
Mel: Quê?
Chay: Vai contar para ele?
Mel: Por favor, me deixa quieta
Chay: Vai contar para ele? - disse insistindo
Mel: Ele está em coma, não está vendo? Agora saia, por favor
Chay: Melanie, a gente se ama, isso ficou claro ontem. Me dá uma chance?
Mel: Chance? Que chance você me deu, antes de me colocar para fora de casa?
Chay: Melanie, eu sei que você me ama, eu senti isso, você se entregou pra mim. Melanie a gente fez amor.
Mel: Foi um erro
Chay: Não, não foi. Foi amor Melanie.
Mel: Por favor, me deixa em paz.
Chay: Você vai contar para ele? Vai contar que foi minha de novo?
Mel: Por que você quer saber, hein? Você já viu onde ele está? Ele está em coma, por sua culpa. Agora por favor, nos deixe em paz. Eu não deveria ter ido para sua casa, e o que aconteceu foi um erro.
Chay: Aconteceu porque a gente se ama. Por favor, me escuta? - disse segurando em meu rosto
Mel: Para, para de repetir isso.
Chay: A gente pode tentar de novo, a gente pode salvar nosso casamento, Melanie eu te amo
Mel: Não, não diz isso
Chay: Digo, digo quantas vezes for preciso. Melanie eu quero nossa família de volta
Mel: Isso não vai acontecer nunca mais, por favor, me solta, me deixa
Chay: Você ama ele?
Mel: Isso não é da sua conta
Chay: Se amasse ele, não teria dormido comigo
Mel: Você não pode duvidar do meu amor, pelo Sr. Kovalski. Sai daqui, por favor, respeita ele
Chay: Tudo bem, mas nossa conversa não terminou
Mel: Sai
Ele saiu e eu fiquei mais um tempo lá, depois de um tempo fui para casa, e fiquei arrumando algumas coisas que haviam chego
Mel: Acho que vou querer ficar lá na vila, quando o Joãozinho nascer
Maya: Tem certeza?
Mel: Sim, Dona Vera me mostrou como minha casinha ficou um pouco maior, vai caber as coisinhas do João, e ela vai poder me ajudar no inicio. E assim você vai poder ir resolver as coisas do Sr. Kovalski
Maya: Fico com receio de te deixar sozinha
Mel: Eu sei que precisa ir resolve as coisas, mas queria que estivesse por perto, quando ele nascesse
Maya: Eu sei minha linda, eu queria também, mas eu tenho prazo para resolver essas coisas dele
Mel: Eu sei
Maya: Bom, então posso pedir para levarem e montarem as coisas lá na Vila?
Mel: Sim
Chay Narrando
Cheguei em casa e as fiquei brincando com as crianças, logo os levei para dormir, e quando voltei, Vicky estava na sala
Vicky: Dormiram?
Chay: Sim, achei que já tivesse ido
Vicky: Você não cansa de me expulsar né?
Chay: Só estou com dor de cabeça
Vicky: Sempre com desculpas né?
Chay: Não é desculpa Victtória. Eu trabalhei o dia inteiro, estou exausto
Vicky: Eu percebi, você estava distante enquanto brincava com as crianças
Chay: Cansaço
Vicky: É só isso mesmo?
Chay: Sim
Vicky: Ok, vou embora. E ah, só para avisar, amanhã vai vir uma faxineira, porque isso aqui ta parecendo chiqueiro
Chay: Tá, eu deixo dinheiro
Vicky: Pode deixar que eu pago
Chay: Tá
Ela foi embora, e eu fui tomar um banho e deitar, e não dava para dormir, o cheiro dela estava aqui, e isso me deixava louco.
Eu revirava na cama, revivendo aquele momento, e a ponto de surtar por não ter ela aqui de novo
Logo o dia amanheceu e fui trabalhar, minha cabeça estava a ponto de explodir, tentei focar no trabalho, mas pouco conseguia, e hoje ela não veio visitar o Sr. Kovalski, e eu fiquei um tempão o observando dormir, enquanto pensava em muitas coisas. No final do dia, fui para casa, cheguei e estava tudo escuro
Chay: Mãe?
Vicky: Ela já foi embora
Chay: Por que está tudo apagado? E as crianças? – disse ascendendo o abajur
Vicky: Estão dormindo e sua mãe já foi
Chay: Ah sim
Vicky: Me explica o que isso estava fazendo no seu quarto? – disse mostrando um colar com a letra M
Rapidamente nos olhamos
Chay: Quem mandou mexer no meu quarto?
Vicky: Não foge da minha pergunta
Chay: Me dá, Victória –disse tentando pegar
Vicky: Por isso você estava com a cabeça tão longe né? Ela esteve aqui?
Chay: Isso não é da sua conta, me dá
Vicky: Aquela vagabunda esteve aqui né? Anda Chay, fala
Chay: Victória, quantas vezes eu já disse que não quero você mexendo no meu quarto?
Vicky: Foi a faxineira que achou isso, Chay. Anda, me explica, porque esse colocar estava no chão do seu quarto?
Chay: Eu não tenho que te explicar nada Victória, eu estou na minha casa
Vicky: Aquela vagabunda esteve aqui –disse gritando
Chay: Abaixa o tom. Eu não te devo satisfações
Vicky: Deve sim, eu sou a mãe dos seus filhos. E sua mulher
Chay: EX. EX MULHER. Nós somos divorciados, Victória.
Vicky: O que aquela vagabunda estava fazendo aqui?
Chay: Não é dá sua conta
Vicky: Ah não? Então sabe o que eu vou fazer? Ir tirar satisfações com aquela cachorra
Chay: Você nem pense em chegar perto da Melanie – disse a segurando
Vicky: Porque esse colar estava no seu quarto? – disse gritando na minha cara
Chay: Porque a gente transou Victória, a gente fez amor a noite toda, e foi a coisa mais gostosa do mundo. Satisfeita?
Vicky: Você não fez isso
Chay: Fiz, é claro que fiz, e faria de novo, e mais uma vez, e todos os dias da minha vida. Sabe por quê? Porque eu amo transar com a Melanie
Vicky: Cala sua boca.
Chay: Foi você quem pediu
Vicky: Você não fez isso Chay. Não é possível, e tudo o que a gente viveu?
Chay: Você sabe muito bem, que eu só transei com você, porque estava bêbado
Vicky: Você transou comigo, porque me ama
Chay: Você acha que eu não lembro de nada né? Eu te chamei de Melanie aquela noite. Porque a todo momento, eu transei pensando nela. E vai ser sempre assim, sabe por que? Porque é ela que eu amo, que eu desejo, todo dia, todo momento. Você achava que eu não lembrava né? Mas eu nunca te disse nada, em respeito à você. Mas eu lembro, eu chamei por ela, naquela noite
Vicky: Você é um desgraçado, filho da puta, eu vou acabar com você –disse me socando e eu a segurei
Chay: Satisfeita? Agora vai embora
Vicky: Você não tinha esse direito. Eu vou acabar com ela, com você –disse gritando
Chay: Eu não tenho medo de você
Vicky: Você é um desgraçado
Chay: Chega Victória. Vai embora. Me dá esse colar –disse tomando dela
Vicky: Isso não vai ficar assim
Ela saiu batendo a porta e eu sentei no sofá e respirei fundo, e fiquei olhando aquele colar
E eu podia sentir seu cheiro novamente, sua presença, seu amor.
Ah Melanie, como eu te amo
Mel Narrando
O céu estava bem estrelado e eu ficava olhando tudo da varanda, enquanto acariciava João, e pensando nele
Como, que depois de tanto tempo, eu ainda posso ama-lo ainda mais?
Como, que depois de tudo o que aconteceu, eu ainda não consiga resistir a ele?
Eu ainda me sentia naquela noite, a cada momento eu senti seu toque, seus beijos, e eu desejava que fosse realidade. Meu coração acelerado, pedindo para que aquela noite se repetisse.
Porque estar nos braços dele, era encontrar a minha paz, o meu porto seguro, era encontrar a maior felicidade e o maior amor que existe.
Ah Joãozinho, já pensou se ele é o seu papai? Eu serei a pessoa mais feliz do mundo
Algumas lágrimas escorriam no meu rosto
Vera: Pensando nele?
Mel: Já pensou se ele for o papai do João?
Vera: Ele será o homem mais feliz do mundo....Inclusive, a sua barriga já está bem baixa hein? Acho que não chega até final da semana não
Mel: Imagina se ele nasce amanhã? -disse rindo
Vera: Já está tudo arrumado né?
Mel: Sim, a minha bolsa e a dele para maternidade estão prontas.
Vera: Aqui ficou ótimo com as coisinhas dele
Mel: Sim, ficou bem espaçoso, coube até a poltrona para amamentar
Vera: Melhor coisa que eu fiz foi expandir isso
Mel: Sim. E os seguranças conseguiram montar tudo, ainda bem né?
Vera: Sim, nossa, mas são muitas coisas.
Mel: Fora que no apartamento ficaram muitas coisas ainda.
Vera: Sr. Kovalski te mimou muito
Mel: É, foi mesmo..Ai deixa eu sentar, estou bem cansada
Vera: Vem eu te ajudo
Mel: Obrigada
Vera: Ehh barrigão
Mel: E esse menino tá chutando hein?
Vera: Ele quer é sair logo
Mel: Sim –disse rindo
Logo ela desceu e eu dormi, acordei quando o dia amanheceu, e tomei um banho, estava me sentindo bem cansada, quando sai, preparei algo para comer, e ouvi uma gritaria lá em baixo
Lua: Você é muito folgada, minha vontade é de te dar uns tapas
Vicky: Garota vai cuidar da sua vida
Lua: Você não vai falar com a Melanie, ela está grávida e eu não vou deixar
Vicky: Sai da minha frente garota
Vera: Victória vai embora por favor
Vicky: Cala boca sua velha
Lua: Mamãe liga para o Chay, manda ele vir controlar essa maluca
Vicky: Liga para quem quiser, mas que eu vou falar com essa vagabunda, eu vou
Fui descendo as escadas de vagar, e assim que ela me viu, veio para cima de mim
Vicky: Ah olha só quem apareceu, a cachorra desgraçada
Mel: Que escândalo é esse Victória?
Vicky: Você não tem vergonha nessa cara não Melanie? Estão vendo essa vagabunda aqui? Dormiu com meu marido – disse gritando para os vizinhos
Mel: Você é louca Victória, eu não vou ficar aqui escutando isso
Quando me virei para subir, ela me segurou
Lua: Ehh, solta, tá louca? Não tá vendo que ela ta grávida –disse entrando na minha frente
Vicky: Você é uma cachorra safada, enquanto o pai do seu filho está em coma, você está dormindo com o meu marido
Mel: Cala sua boca
Vicky: Eu vou acabar com você Melanie. Não pense que vai me tirar tudo de novo, por que eu não vou deixar
Mel: Eu não tenho medo de você
Vicky: Eu vou acabar com essa sua cara de deboche –disse vindo pra cima, e Dona Vera e Luinha entraram na frente
Lua: Deixa de ser descontrolada Victória
Vicky: Você nunca mais chega perto do meu marido, e dos meus filhos, entendeu?
Mel: Então você avisa isso para ele.
Vicky: Não faz essa cara de sonsa Melanie, eu sei que dormiram juntos, eu achei seu colar no quarto dele, sua cachorra.
Lua: Victória já deu né? Agora vai embora
Vera: Vai antes que o Chay chegue, é melhor para você
Vicky: Eu só saio daqui, depois que eu falar umas verdades na cara dessa vagabunda de esquina
Mel: É? Então fala! –disse ficando cara a cara com ela
Vicky: Não brinca comigo Melanie. Você não sabe com quem está mexendo
Mel: Eu não tenho medo de você
Vicky: Pois deveria, porque se você acha que vai destruir minha família, eu acabo com você antes.
Mel: Eu quero distancia da sua família
Vicky: Se quisesse não teria transado com meu marido
Mel: Ah é? Então aprenda a dar conta do teu macho. Porque se ele transou comigo, é porque você não está satisfazendo os desejos dele.
Vicky: Vagabunda, é isso o que você é. VAGABUNDA
Mel: Vai embora
Vicky: Presta atenção garota, se você acha que eu vou deixar, meu marido cair nos seus encantos de novo, você está muito enganada. Nem que para isso, eu precise dar um fim em você e nessa criança –disse segurando meu braço
Mel: Eu te mato, se você chegar perto do meu filho. Agora me solta
Rapidamente o carro do Doutor entrou na vila, e parou bem próximo de nós
Chay: Larga a Melanie agora – disse descendo e partindo para cima dela
Mel: Você ouviu seu marido. Me larga
Vicky: Recado está dado Melanie
Lua: Até que fim Chay. Essa louca veio encher o saco aqui, e está fazendo o maior escândalo.
Vera: E quis partir para cima da Melanie
Chay: Você tem 1 minuto para sumir da minha frente, Victória.
Eu e o Doutor nos olhamos e eu subi
Chay Narrando
De manhã, eu já tinha decidido ir na Vila, para entregar o colar, e quando Dona Vera me ligou dizendo que Vicky estava lá, ai sim que fui voando.
Vicky: Essa garota me paga
Chay: Vai embora antes que eu cometa uma loucura
Vicky: Isso não vai ficar assim – disse indo embora
Vera: Chay, isso não pode acontecer
Lua: A Melanie está quase dando a luz, e essa mulher fica vindo aqui causar Chay, pô, dá jeito
Chay: Eu sei, me desculpem?
Vera: Chay, a Lua tem razão, a Melanie precisa ficar calma, tranquila, para que seja um bom parto. Você mais do que ninguém, sabe disso.
Chay: Sim, a senhora e Luinha tem toda a razão. Eu não quero prejudicar a Melanie.
Lua: Bom, eu preciso ir trabalhar
Chay: Vai lá e me desculpa novamente. Bom trabalho
Lua: Obrigada
Vera: Vai lá falar com ela Chay
Chay: Ela não vai querer me escutar Dona Vera
Vera: Mas você precisa tentar
Concordei e subi, bati na porta e ela abriu
Chay: Posso entrar?
Ela deu espaço e eu entrei, e dei de cara com as coisas do Joãozinho, fui me aproximando, do berço, e olhando tudo, da maior qualidade, tudo tão lindo, tão delicado, meu coração até ficou apertado, pensando mil coisas
Chay: Nossa, que lindo as coisinhas dele
Mel: Sim, estou apaixonada por tudo
Chay: Dá para perceber, seus olhos brilham – disse a olhando, enquanto meus dedos, passavam pelo berço
Mel: O que quer aqui?
Chay: Vim te pedir desculpas, por ela
Mel: Não precisa
Chay: Claro que precisa. Você não merece passar por isso, nunca
Mel: Tudo bem. Por que contou pra ela?
Chay: Eu jamais faria isso. Ela encontrou isso – disso mostrando o colar
Mel: Meu colar - disse se aproximando
Nós nos olhamos, bem próximos.
E meu coração estava disparado
Chay: Eu..eu..eu pensei muito, se iria te devolver ou não
Mel: E por que? –disse sorrindo
Chay: Porque, assim, eu te teria mais perto de mim
Mel: Não faz assim
Chay: Faço, porque eu te quero.
Mel: Para, por favor – disse se afastando
Chay: Melanie, eu sei que aquela noite significou muito para você. Não adianta mentir, seus olhos, seu corpo, seus beijos provam isso
Mel: Eu acho melhor você ir embora
Chay: É isso o que você quer?
Mel: Sim. E por favor, controle aquele mulher. Porque ela me ameaçou.
Chay: Eu não irei deixar ela fazer nada. Fica tranquila
Mel: Eu posso te pedir uma coisa?
Chay: Claro
Mel: Me deixa em paz. Vai embora, e não volta mais. Eu não quero mais a Victória fazendo escândalos aqui, eu não quero mais confusões. Por favor, me deixa em paz. Você não consegue fazer isso por mim, faça pelo meu filho
E naquele momento, meu coração se quebrou em pedaços
Chay: Me desculpa?
Mel: Você já pediu desculpas antes. E ela veio aqui e fez de novo.
Chay: Eu não quero te fazer mal
Mel: Mas está fazendo
Chay: Tudo bem, eu vou
Ela abriu a porta e quando eu ia saindo
Chay: E ah, boa sorte no seu parto
Mel: Obrigada
Desci e Dona Vera estava lá
Vera: Tudo bem?
Chay: Sim, ela só me pediu para deixa-la em paz.
Vera: Calma Chay
Chay: Eu posso te pedir uma coisa?
Vera: Claro
Chay: Quando a bolsa de Melanie estourar, pode me avisar? Eu sei que ela não me quer por perto. Mas eu queria muito saber, quando o Joãozinho for nascer
Vera: Fica tranquilo, eu te aviso
Chay: Vai dar tudo certo né?
Vera: Ei, o que foi? Nem parece que você é obstetra
Chay: Justamente por isso. É a Melanie que vai estar lá, e não serei eu, que irei ajuda-lá a trazer seu filho ao mundo
Vera: Vai dar tudo certo. A Melanie é uma menina forte.
Nós nos abraçamos e eu fui embora.
Mel Narrando
Fiquei arrumando algumas coisas e logo Dona Vera subiu
Vera: Como está?
Mel: Me sentindo muito cansada
Vera: Eu imagino...Posso te perguntar uma coisa?
Mel: Claro
Vera: Você já parou para pensar na possibilidade de querer o Chay, na hora do parto?
Mel: Por que isso agora?
Vera: Porque ele pode ser o pai. E depois você não vai se perdoar, de não ter deixado ele ser teu médico
Mel: Dona Vera por favor, eu preciso de paz.
Vera: Bom, foi só um recado
Ela desceu e eu fiquei pensando em tudo o que tinha acontecido, no surto de Victória, no que Dona Vera disse, em mim e no Doutor.
E decidi que precisava sair daqui, é muita coisa na minha cabeça
Abri o notbook e fiquei procurando passagens
Chay Narrando
Durante o caminho para o hospital, eu gravava diversos áudios para Victória dizendo que se ela se aproximasse de Melanie novamente, eu entraria na justiça, pedindo que ela não se aproximasse dos nossos filhos, porque não é uma boa mãe, entre outras coisas.
Durante o dia tentei focar, no trabalho, mas não consegui muito, conversei um pouco com Sophia e depois ela foi para a loja e eu voltei trabalhar.
No final da tarde, fui para casa devido meu rodízio, conversei um pouco com minha mãe, e ela logo foi embora, tomei um banho e fiquei brincando com as crianças, por volta de 19hs eles pediram para jantar, e depois ficaram assistindo filme, e logo capotaram. Os coloquei no quarto, e fiquei descansando um pouco na sala.
Lua Narrando
Cheguei de tarde do trabalho e mamãe estava desesperada, falando que Melanie tinha saído, sem dar notícias e não atendia o telefone, as horas foram se passando, e quando começou a anoitecer, a preocupação foi aumentando.
Matheus: A Melanie não seria louca de cometer nenhuma loucura
Lua: Ah seria, seria sim
Vera: Olha só, cadê a bolsa da maternidade dela e de João? Ela levou
Lua: Será que a bolsa dela estourou?
Matheus: E ela iria sozinha pro hospital, é louca é?
Lua: Será que ela foi para o hotel?
Vera: Eu já liguei lá Lua, falaram que ela não apareceu por lá
Matheus: Lua, olha nesse notbook ai na cama, vai que tenha alguma pista
Lua: Mas e a senha?
Matheus: Ai Lua, me dá isso aqui –disse pegando
Vera: Será que ela foi atrás do Chay?
Lua: Lógico que não né mãe. Foi só aquela praga da Victória aparecer para a Melanie surtar e fazer uma coisas dessas –disse tentando ligar
Matheus: A senha está marcada embaixo do not Lua
Lua: Ótimo, tenta ver algo ai, que eu estou tentando ligar
Mathues: Achei, olha só, Melanie comprou uma passagem de ônibus na rodoviária, para São Paulo
Vera: Essa menina está louca. A Melanie está prestar a dar a luz
Matheus: O ônibus ia sair agora de 19hs
Lua: Vamos atrás dela, agora
Vera: Não, espera
Lua: O que foi?
Vera: O Chay precisa saber
Lua: Mas mamãe, a Me...-ela me interrompeu
Vera: Ele precisa saber Lua, essa criança pode ser dele. Matheus, vamos para a casa do Chay agora.
Lua: A Melanie vai te matar mamãe
Vera: Anda Lua, vamos
Logo fomos para a casa do Chay
Chay Narrando
Eu estava quase pegando no sono, quando a campainha tocou, olhei no celular e marcava 20:56, levantei e fui até o portão, abri e dei de cara com Matheus, Dona Vera e Lua
Chay: Dona Vera?
Vera: Oi meu amor, eu preciso falar com você
Chay: É, entrem...Aconteceu alguma coisa?
Lua: Ainda não
Chay: É Melanie, o que aconteceu?
Vera: Chay, eu preciso te contar uma coisa
Chay: Vem, vamos entrar
Fomos para sala
Chay: É, sentem, fica a vontade, querem beber algo? Estão com fome?
Vera: Não, não queremos nada
Chay: A senhora parece um pouco nervosa, o que aconteceu?
Lua: É muito sério Chay, e eu tenho até medo, de como você vai reagir.
Chay: Se aconteceu alguma coisa com a Melanie, me falem agora
Matheus: Chay, não, não aconteceu. Mas você precisa saber de uma coisa.
Chay: Vocês estão me deixando nervoso
Vera: A Melanie nunca irá me perdoar, mas eu preciso fazer isso para o bem dela. E antes de qualquer coisa, eu quero que você entenda, que tudo o que ela fez, foi para o bem dela, e do João.
Chay: Dona Vera, por favor, eu já estou nervoso, fala logo
Lua: Chay, você lembra, que antes da Melanie ir embora, vocês dormiram juntos?
Chay: Sim, claro que lembro. Foi na noite que eu a busquei lá naquela rua que Max a levou, para se prostituir.
Lua: Isso, isso mesmo. E ai, vocês dormiram juntos
Chay: Tá, e o que isso tem a ver?
Vera: E dois ou três dias depois, o Jorge abusou de Melanie
Chay: Como que é? – disse levantando
Vera: Foi, ele abusou dela. Foi horrível, ela ficou péssima.
Lua: Só, que algum tempo depois, Melanie descobriu que estava grávida
Rapidamente levantei e nos olhamos
Chay: O que você disse?
Vera: O João pode ser seu filho
Matheus: Ou do Jorge
Chay: Dona Vera, não brinca com uma coisa dessas
Lua: O Sr. Kovalski não é o pai do João. Ele apenas tirou Melanie daqui e a levou para Espanha, para proteger Melanie do Jorge. Porque uma vez ele tentou agredir ela, quando já estava grávida.
Chay: O Joãozinho...meu...meu filho? –disse chorando
Lua: Chay, calma, eu sei que tudo isso é uma bomba. Mas, não sabemos, não sabemos a paternidade do filho da Melanie.
Vera: Melanie tem convivido com essa dúvida, desde o primeiro dia de sua gravidez. Só de pensar que pode ser do Jorge, ela entra em pânico.
Chay: Não...não, esse filho é meu....ele é meu...Meu Deus – disse chorando
Vera: Meu amor, calma, por favor
Chay: Dona Vera, ele é meu, ele é meu –disse chorando
Eu tremia tanto, meu coração batia tão forte, que eu podia jurar que iria me matar
Lua: Chay, apesar de tudo, o que aconteceu com vocês. Não teve um dia, desses nove meses, que Melanie não implorasse para Deus, para que essa criança fosse tua. Mas, temos que pensar que pode não ser também.
Chay: Ele é meu Lua, eu sei que é, ele é meu –disse chorando
Matheus: Eu vou pegar um copo dágua pra você
Chay: Não, eu não quero. Eu quero ver a Melanie, eu quero ver meu filho
Matheus: Chay, senta aqui, calma cara, você vai ter um troço. É por isso que estamos aqui. Melanie comprou uma passagem de ônibus para São Paulo, e embarcou por volta de 19hs.
Lua: Nós só ficamos sabendo agora pouco, porque o Matheus conseguiu acessar o not dela
Chay: Que? Ela não pode viajar assim
Vera: Exatamente, essa menina está quase dando a luz, e faz essa loucura
Lua: Culpa da Victória que foi infernizar a Melanie
Vera: A bolsa de Melanie pode estourar a qualquer momento
Chay: Nós vamos atrás dela, agora
Lua: Mas pra São Paulo?
Chay: Dá umas 6 horas até lá, nós vamos
Vera: Chay, espera, olha pra mim, me escuta. Você precisa ter noção, de que João, pode não ser seu filho
Chay: Ele é meu filho. Eu sei que é. Ele é Dona Vera – disse chorando
Vera: Chay – disse me abraçando
Chay: Eu vou trocar de roupa e vamos
Subi correndo, me troquei, peguei algumas coisas, e desci
Chay: Matheus, você pode ficar com as crianças? Eles estão dormindo, e daqui a pouco a Sophia chega
Matheus: Claro, vai em paz. E me dão notícias
Lua: Então bora?
Vera: Epa, a senhorita trabalha amanhã
Lua: A senhora acha mesmo que eu vou perder isso? Nunca
Chay: Então vamos logo
Lua: É, eu posso só pegar algo pra gente comer? A viagem é longa né?
Matheus: Lua
Chay: Vai, você conhece a casa. Vou tirando o carro
Fomos para garagem e logo Lua entrou no carro e nos olhamos
Vera: Lua você pegou a despensa inteira foi?
Lua: Mãe eu tô em fase de crescimento
Chay: Bora vai
Sai o mais rápido possível e fui para o hospital, entrei e fui para a enfermaria, e peguei algumas coisas e logo partimos para São Paulo, eu confesso que diria o mais rápido que eu podia, e só parei para Lua e Dona Vera irem ao banheiro, porque eu mesmo, estava tão eufórico que não sentia vontade de nada, só de encontrar Melanie, de encontrar meu filho, porque eu sei que ele é meu filho.
Vera: Ela deve ter ido para a igreja que foi criada
Chay: Sim
Mel Narrando
Durante a viagem, eu comecei a senti muitas contrações, e eu tentava não fazer barulho dentro do ônibus, que estava bem vazio. Durante a madrugada, fui ao banheiro e senti um liquido descendo pela minhas pernas
Mel: Ai Meu Deus – disse chorando
Fiquei um tempo no banheiro, e as contrações aumentavam, e a dor piorava
Mel: Ai...ai...respira, calma Melanie
Por volta de 4:30 da manhã, chegamos na rodoviária, e quando desci do ônibus, fui direto para o banheiro
Moça: Moça, está tudo bem?
Mel: Está, está sim – disse disfarçando
Usei o banheiro rápido e sai, chamei um uber, e logo fui para a igreja
Mel: Aiii..ai que dor
Motorista: Moça, a senhora tem certeza que não quer ir para o hospital?
Mel: Me deixa onde eu pedi, por favor....Aiii respira, respira Melanie
Depois de uns 40 minutos, cheguei na igreja, estava fechada, coloquei as bolsas no chão, e bati na porta
Mel: Aiii padre, abre, abre logo, por favor ..aiiiii – disse acariciando minha barriga, enquanto batia na porta, estava uma chuva bem grossa, e eu fiquei na parte coberta
Mel: Aii abre, abre a porta Padre João, sou eu, a Melanie...abre –dizia enquanto socava a porta
Mel: Aiiiiiiiiii que dor...filho calma, por favor, você não pode nascer agora...ai, aiiiiii – disse respirando fundo
Mel: Tem alguém ai? –disse enquanto batia na porta, peguei as bolsas e fui para a capela, que tinha no fundo, ela estava aberta, e vazia
Entrei e sentei no banco, e respirei fundo
Mel: Aiii, tá doendo muito...Padre João, cadê o senhor? Eu preciso...ai...eu preciso do senhor....Aiii, aiii meu Deus- disse sentando no chão
Mel: Aiii, ai eu não posso ter meu filho assim...aiii que dor...ai, ai, eu preciso de ajuda –disse chorando
Mel: Aiiii, ta doendo muito –dizia enquanto chorava e tentava respirar fundo
Mel: Minha Nossa Senhora me ajuda, por favor me ajuda...Aiiii que dor - disse chorando
Chay Narrando
Eu não sabia dizer quem estava mais rápido, se era meu coração ou a velocidade do carro, eu só queria chegar, eu só pensava nisso. Por volta de 5:30 da manhã já estávamos em São Paulo
Lua: Ela não atende, meu Deus, eu tentei a noite toda
Vera: Essa menina quer me matar do coração
Chay: Nós vamos encontra-lá, e vai estar tudo bem
Vera: Meu amor, nós já estamos em São Paulo, diminui essa velocidade um pouco
Chay: A gente precisa chegar logo
Lua: Chay calma, por você, você está muito agitado
Por volta de 6:10 chegamos na igreja, e estava chovendo muito, a porta estava fechada, descemos do carro, e rapidamente fui até a porta
Chay: Melanie, Melanie eu sei que está aqui, abre a porta -disse socando a porta
Vera: Melanie meu amor, está tudo bem?- disse batendo na porta
Chay: Olá, olá, tem alguém ai? –disse batendo na porta, mas ninguém respondia
Lua: Acho que não tem ninguém aqui
Chay: Não é possível, para onde ela iria?
Vera: Será que ela foi para algum hospital?
Chay: A senhora acha?
Lua: Pode ser Chay. É melhor irmos procurar, aqui não tem ninguém
Chay: Ok, vamos
Quando estávamos voltando para o carro, ouvimos um grito
Mel: Aiiiiiiiiiiii que dor – disse gritando
Chay: É ela, é ela – disse olhando para Dona Vera e rapidamente voltei até a porta
Chay: Melanie sou eu, Chay, abre, abre a porta
Vera: Chay, por aqui, tem uma capela
Rapidamente fomos para o fundos, e quando entramos, vimos Melanie sentada no altar, e chorando muito
Vera: Meu Deus
Chay: Melanie, Melanie, eu estou aqui - disse me aproximando, e segurando sua cabeça
Mel: Chay, aai...aii...tá doendo muito
Chay: Sua bolsa já estourou Melanie
Mel: Aiii, meu bebê...ai...ta doendo...eu não consigo
Vera: Ei meu amor, vai ficar tudo bem
Lua: Nós temos que levar ela para o hospital
Chay: Não, não dá tempo, Joãozinho precisa nascer. Lua, pega a minha maleta no carro, rápido
Lua: Tá, tá bom
Chay: Dona Vera, me ajuda a deita ela
Mel: Aiiiiii tá doendo, Dona Vera me ajuda- disse chorando
Vera: Ei meu amor, você precisa ser forte, para o Joãozinho vir ao mundo
Mel: Aiii....não, não foi assim que eu imaginei – disse chorando
Vera: Meu amor, não tem lugar melhor para seu filho nascer. Vai dar tudo certo
Mel: Aiii tá doendo muito, eu não consigo– disse chorando
Chay: Ei, confia em mim? Você é forte, e o Joãozinho vai nascer bem –disse beijando sua testa
Mel: Aiii...não, não, eu não consigo.....Aiiiii que dor –disse gritando desesperada
Chay: Olha pra mim, você consegue. Eu vou te ajudar a trazer nosso filho –disse amarrando seus cabelos, e ela ficou com a cabeça apoiada nas pernas de Dona Vera, logo Lua voltou e trouxe as coisas que eu havia pegado no hospital, coloquei ela para tomar um soro e Luinha ficou segurando
Mel: Eu...eu...prec...preciso te...contar.....Chay...eu...preci...-a interrompi
Chay: Ei, eu sei de tudo. Eu estou aqui, vai ficar tudo bem
Mel: Aiiii que dor –disse apertando minha mão e a de Dona Vera
Chay: Você vai precisar fazer força Melanie, vamos lá? 1,2, e 3, vai, força – disse abrindo suas pernas
Mel: Aiiiiiii, que dor
Chay: Respira, respira, vamos lá. Pensa no Joãozinho, ele quer muito conhecer a mamãe, ele está pronto, 1,2,3 e força Melanie, você consegue
Vera: Força meu amor, força
Lua: Respira Melzinha, respira
Mel: Aiiiiiiii, aii, que dor –disse chorando
Chay: Força meu amor, força, respira, respira fundo...e força
Melanie já tinha sofrido muito antes de chegarmos, e já estava exausta, seus gritos ecoavam em toda a capela, ela implorava para aquilo acabar logo. E eu pedia toda sua força, e Dona Vera e Luinha ajudavam
Depois de mais de 1 hora, comecei a ver Joãozinho, sim, ele estava vindo ao mundo, pelas minhas mãos.
Chay: Ele está vindo Melanie –disse chorando
E Melanie colocou toda sua força, e fez com que João viesse ao mundo. Logo ouvimos seu primeiro choro, e como chorava. Era um menino lindo, grande, dos cabelos bem pretos, e de uma garganta muito potente, ele chorava muito.
Eu o segurei, e o olhei, ele chorava, e eu também, e ali, com aquele meninão em minhas mãos, eu só tinha uma certeza. É meu filho. Uma paz e um amor tão imenso e intenso tomaram conta de mim. Eu estava muito feliz e emocionado
Mel: Eu quero ver meu filho - disse chorando exausta
Luinha me deu um toalha, enrolei ele e entreguei para ela, que colocou ele sob seu corpo
Vera: Você conseguiu meu amor - disse chorando
Mel: Meu filho, meu bebezinho - disse chorando e enchendo ele de beijos
Lua: Aí ele é muito lindo - disse chorando
Mel: Eu te amo meu bebezinho, eu te amo muito - disse chorando
Chay: Ei, eu preciso te tirar daqui, me dá ele - disse fazendo carinho em seu rosto
Mel: Ele é tão lindo - disse chorando
Chay: Ele é a coisa mais linda do mundo - disse pegando ele e entregando para Dona Vera
Logo a tirei dali e fomos para um hotel. Pedi 2 quartos e a levei no colo, ela já estava quase dormindo, a coloquei na cama, e ela pediu por Joãozinho e começou a amamenta-lo
Lua: Não é melhor levar ela para o hospital?
Chay: Ela está Luinha. E amanhã, assim que voltamos, eu irei leva-los para o hospital.
Vera: Ela está quase dormindo
Chay: Sim, ela precisa descansar, foi muito exaustivo
Lua: Bom, eu vou lá pro quarto, qualquer coisa me chama
Vera: Eu também
Chay: Tudo bem
Elas saíram e Melanie ainda amamentava Joãozinho, sentei na poltrona e peguei meu celular, e tinha milhares de ligações de Sophia, só mandei uma mensagem dizendo que estava tudo bem e que voltaria amanhã
Melanie fez Joãozinho arrotar e logo dormiu com ele, o peguei de vagar e fui dar um banho nele, e o troquei. Ele logo adormeceu e estava cheirosinho. Fiquei observando os dois e pensando em tudo o que tinha acontecido.
Meu coração ainda estava bem acelerado, eu olhava para João e só conseguia pensar que sou o pai dele.
Aquela noite me veio na cabeça e tudo o que a gente tinha vivido
Agora tudo faz sentido, a sua partida, seu retorno com o Sr. Kovalski, o porquê Joãozinho ficava agitado quando eu estava perto.
Eu não conseguia pensar na outra hipótese, eu não me permitia a pensar que o Jorge pode ser o pai, jamais. O pai sou eu!
Eu já amo esse menino com todo o amor e força que há em mim
E tudo o que eu queria agora, era saber tudo sobre ele, tudo sobre a gravidez, viver tudo isso .
Algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu os observa
Meu Deus, como o senhor é maravilhoso, quando eu pensava que não existia mais uma luz no fim do túnel. O senhor vem e me dá um filho, com a mulher que eu amor. O senhor vem e me dá a chance de fazer esse parto. Obrigado, obrigado
Mel Narrando
Fiquei muito surpresa ao descobrir que você ainda posta suas webs ChaMel!
ResponderExcluirVeja que engraçado eu estava deletando links inativos dos meus favoritos. Quando cheguei ao do seu blog. Testei o link e ele abriu. Resolvi então, reler algumas das suas histórias, pois sempre gostei muito da sua escrita e fiquei muito feliz em ver que você continua ativa. Confesso que não sou mais chameleira, mas, como disse, gosto muito da sua escrita e ficção e realidade são coisas bem diferentes. Por isso, vou acompanhar o seu blog enquanto você permanecer ativa.
Meu Deeeeeeus, que coisa mais linda. Muito obrigada de coração ❤️
ExcluirEspero que goste
E nos próximos dias tem novo capítulo
Desculpe não queria ter postado como Anônimo, mas não consegui logar a minha conta. Mas meu nome é Ana Santos.
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